Novembro, frio, chuva, vento, folhas pelo ar, sono... quero ir para casa!! posso? :)

Seja como for...

aqui fica um toque de alegria e cor...

para contrariar o post anterior...

i want the bad feelings to go away...

parece que...

Parece que finalmente alguma serenidade aparece pelo meu espírito e me permite voltar a estas lides...não a serenidade da estagnação mas a serenidade depois de sentimentos maus a dominar...

Parece que nos dias que correm a palavra dominante (além de Orçamento de Estado e Crise) é a incerteza...ou a dúvida...

Parece que o futuro teima em ganhar um contorno...

Parece que o presente de hoje é igual ao presente de há meses atrás e se arrasta...

Parece que a tendência é adiar tudo o que implique compromissos, decisões, passos em frente, seja em que área for...

Parece que não se faz mais do que marcar passo...

Parece que a vontade das pessoas já vale de muito pouco...

Parece que afinal os maus sentimentos ainda aqui andam...

contornos...são linhas que desenhamos, apagamos e voltamos a tentar desenhar para que as coisas fiquem mais nítidas... foi preciso apagar uns contornos rabiscados...para agora ver se a inspiração volta...para redesenhar alguma coisa, voltar a escrever algo...

sinto vontade de escrever...mas não consigo passar para palavras o que anda cá dentro...ainda estou a descobrir...se faz sentido, se não faz sentido...a própria expressão é estranha...se o que sinto faz ... sentido ... parece redundante...gostava que fizesse cada vez mais sentido...haja tempo...tudo há de ganhar contornos... ... Até já

palavras roubadas...

Porque é quase inevitável ficar nostálgica em mais uma queima que passa...vou roubar palavras a quem as escreveu e me fez chorar...sei lá porquê...da 1ª vez que as li...quem publicou palavras n'A Cabra espero que não se importe de as ver aqui...

"És Minha
E não é por ser Coimbra. Não quero saber das capas e dos copos e da cabra. Foi porque tive direito ao repasto completo. E é verdade que foi nesta cidade, será verdade porque foi nesta cidade?
Sempre desconfiei que era tua, mas agora tenho a certeza que és tu quem me pertence, gravada na parte de dentro da minha coxa. Muito secreta e muito profunda.
Sou muito muito mais velha agora do que em 1999 quando vi pela primeira vez a luz da Via Latina. Como comprei a capa e batina na tarde antes da Serenata fiquei com o que havia. Em vez de uma saia tinha um saco preto que rodava livremente. Hoje, bem, hoje não consigo apertar o botão!...E há também aquele dia em que a capa deixa de escorregar dos ombros e nos engole. A todos, numa massa preta só olhos e sorrisos e cabelos. E beijos, muitos beijos. Há aquela dignidade teatral, uma certa honradez, que logo se espraia para dar lugar a um trapo preto estendido na relva do jardim. Com pés doridos.
Até tive a minha serenata e tudo. Mas o que eu me lembro mesmo é das mãos, a tremer, de quem me abraçou a seguir à música. E nem deu em nada...porque o meu coração estava guardado para outros partirem. E para outros colarem. Tropeça-se tão facilmente no amor como na solidão. Daquela mesmo fria, fininha e persistente. As expectativas são tão altas que a angústia é inevitável. Disseram-te que Coimbra era assim, não foi? Treta! É muito melhor. Mas acredita que só lá está para quem quiser/fizer. Mas acredita. Eu vi.
Acredita que é possível pensar e sentir, e crescer, muito. Passei noites em claro a conversar sobre o que devia ser a educação, a universidade, o país ou o porquê de haver uma água com sabor a figo, e sempre o teatro. Chorei lágrimas de genuína alegria quando o TAGV foi pequeno para uma Magna com tanta gente. Os jardins inundaram-se de olhos no futuro e o governo deu-nos razão em toda a linha. Um dia as cortinas abriram-se e era eu quem lá estava. Um dia liguei a rádio e era a minha voz. Um dia entrei no Senado e uma cadeira era para mim. Um dia tive a coragem de me realizar pelas ideias e pelos sentidos. Aprendi a fazer sushi. Perceber o que quero é a única forma de ser feliz, e nada melhor do que fazer, experimentar. Em Coimbra foi possível. Por isso é que é ela quem me pertence. Muito secreta e muito profunda. Agora partilho-a contigo." V. Álvares

... ía de saída e o telemóvel começou a piscar no escuro...logo aquele número pouco utilizado...era a JU...a minha joana...como é meu hábito...começo-me logo rir antes de antender o telefone...e é como se a cara simpática e franca da minha amiga estivesse ali ao lado...

achei que pudesse ter acontecido algo...ou ter alguma notícia bombástica a revelar... "está tudo bem....é a queima lembrei-me de ti..." e fiquei enternecida com o gesto...lembrei-me logo...pés a latejar de dor e cansaço e eu e a joana de pernas para o ar....e a demolhar os pés em água e sal... depois de cortejos intermináveis...e sangria...muita sangria...e de repente pareceu tudo tão longe...carros, cartolas...bengalas...capas...coimbra foi vivida e sentida...agora é recordada...nem sei se é saudade...coimbra deixa de ser nossa quando o curso termina...haja o que houver..."coimbra é nossa e há-de ser...coimbra é nossa até morrer..." só se canta enquanto lá estamos porque efectivamente....ela morre quando aquela fase passa. Passava-me quase ao lado mais uma queima...já queimei as minhas todas... :)
ju manda-me o que prometeste.... já sabes que não gosto ... que me assustem :) esta perdoem mas é private...qb :)

Urge escrever...para escrever é preciso pensar...not in the mood...


outro dia...

afinal o blog é meu... :)

partilha de infantilidade...

Bem...o youtube é um mundo, isso já é de conhecimento geral...hoje, encontrei lá uns desenhos animados, que ainda não sei o nome, mas que eu via...há muitos anos...vá uns...17, 18 anos, 19, 20 não sei ao certo...e tenho uma vaga ideia da história...sei que seguia religiosamente a série e, no auge da emoção, no fim da série, a rtp2 interrompeu a emissão! Fiquei frustrada, revoltada, lembro-me perfeitamente! Os personagens íam ter um desfecho feliz e eu não ía ver...passei meses sem ver rtp2 tão revoltada que estava....eis senão quando no youtube, escrevo os nomes dos personagens e não é que aparece lá a série toda?! Recuei no tempo, fiquei muito contente e vou voltar a ver as aventuras e desventuras do Mirco e da Lícia! Ora...podia me dar para pior aos 27 anos....

Era até um dia bonito

Hoje vinha apreciando o solinho a aquecer o corpo e a alma, que vinham sedentos das minhas adoradas planícies...a ouvir o programa da manhã da Rádio Comercial...vinha satisfeita mesmo...céu azul, bem disposta...o que é que aconteceu? Pelo meio da conversa da rádio falam de uma alma qualquer que se lembrou de anunciar uma nova data do fim do mundo...com base...em algo parvo ou assim...e data era 4000 e tal...e o Nuno Markl ironizava dizendo que estava cheio de pena daqueles que fossem os seus descendentes...que iriam assistir ao fim do mundo. Ora muito engraçado mas eu cá gosto pouco de me confrontar com a minha (nossa) mortalidade. Não me agrada que um dia venha a ser "Pó, cinza e nada" (Florbela Espanca) ou melhor não me agrada pensar nisso e claro quando ele falou em 4000 obviamente sei que já não andarei por aqui e provavelmente nem por ali nem por lá...mas o pior...é que não passarei, na melhor das hipóteses, de 2060? 78 anos... sei lá...algo assim...Ora isto leva-me a pensar...que raio andamos a fazer neste tempo que temos? A agastar-nos com dinheiro, com emprego, com uma casa, com relações que não chegam a sê-lo, com relações que acabam, com stress, com preocupações...um dia dá-nos uma maleita súbita e morremos. Ou pior...dá-nos uma maleita longa e definhamos...Sem apelo nem agravo! Quero mandar fora, para o lixo, para o ar todos os sentimentos que me pesam no peito, que me fazem demorar a adormecer...
Voltei.

ainda aqui ando...

Bem ainda não desapareci, nem sucumbi a mais uma metamorfose...mas anda difícil voltar a poisar por aqui...outro dia volto com mais tempo...