Vim de São Miguel passar a quadra do Natal junto da família que está em Beja...sem esquecer nunca tod@s os que estão longe, em Portugal, ou no estrangeiro. É curiosa a sensação de estar longe e voltar nesta altura em que as pessoas parecem, especialmente, pseudo generosas, simpáticas, atenciosas, solidárias. O facto de ser nascida e criada numa cidade pequena e ter uns pais que são pessoas comunicativas e conhecem muita gente tem os seus quês...Cruzar-me com pessoas conhecidas a cada esquina, as mesmas perguntas. Pessoas que me conhecem desde pequena, pequenina. Voltar a Beja inclui uma rotina, a de meter o nariz naquelas lojas tradicionais que frequentei sempre, pessoas que, á distância foram acompanhando o meu percurso,em Beja, em Lisboa, em Coimbra, em São Miguel. Estas pessoas contribuem para aquela sensação de pertença ao sítio onde nasci, para que eu saiba sempre para onde volto, para quem volto. Na ourivesaria Miranda, no Luís da Rocha, o café mais antigo de Beja, na sapataria Voga, no Carlos da loja dos animais, o Sr. Joaquim sapateiro da rua do Sembrano...pois é assim que me apercebo que cresci e el@s se apercebem que envelheceram...O sr. proprietário da sapataria Voga é com um enorme carinho que, ás vezes, me mostra a plaquete do meu carro do curso em Coimbra, para o qual deu um patrocínio...percebem isto? As pessoas interessarem-se por nós porque os pais e mães são clientes, porque nos conhecem desde o tempo das fraldas...e ficam contentes por continuar a acompanhar o nosso caminho...Não sei se me fiz entender mas senti necessidade de expôr esta sensação de...voltar a Beja, e isto acontece não apenas no Natal.
