quinta-feira, 14 de agosto de 2008

"Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte. "

Alexandre O'Neill


Conhecia este poema por alto, não sabia a quem pertencia...é verdadeiramente lindo...sim há "palavras que nos beijam" mas também há palavras que nos ferem. Silêncios que nos esmagam por negar uma compreensão...Prefiro uma palvra dura a um silêncio que semeia dúvida, angústia. O coração sente além daquilo que os olhos vêem...por isso o ditado popular "Olhos não vêem, coração não sente", para mim não dá.

3 comentários:

Lena disse...

Belas palavras, duras verdades!!!

Ivone Medeiros disse...

Confesso que não conhecia este poema, uma coisa é certa muito giro e deixou-me a pensar!!!
beijinhos

Força!!!

Anónimo disse...

Conhecia este poema, serviu de fonte inspiradora em muitos momentos da minha vida, tudo é feito de palavras até os nossos pensamentos são sequências de palavras, sejam elas boas ou más ensinam-nos o caminho da vida...Pimentinha