a tristeza pode ser doce, calma e serena; a alegria pode ser melancólica...ter sabor...a qualquer coisa que vai fazer falta. Sinto-me árida por dentro, possivelmente este post sairá uma grande treta...

queria conseguir viver tudo sem pensar no depois, ou no que vem a seguir... (é a fase em que estou). Pensar que não interessa se o nosso tempo dura uma semana ou um dia...apenas interessa que acontece. é tudo verdade...não interessa porque urge viver no momento. Sem pestanejar, sem hesitar e só assim faz sentido contigo. Não alteraria um ponto, uma pausa, uma reticência sequer...apenas continuar o texto...estou contente por ter sido como foi, na altura que foi...não há coincidências...não há perguntas, não há respostas...às vezes há aquela teimosia de os olhos arderem mesmo quando já nos convencemos que estamos contentes...e teimam em arder e as pessoas esforçam-se para que ardam apenas por dentro...apenas ao limite do (in)visível, do aguado... "fica na porta um volto já"

P.S. os aeroportos são esquizo...

Consta que...

Parece que 2009 chegou...consta que mudámos de calendário, de agenda, comemos passas (ou substitutos simbólicos) fizémos votos com e para amig@s e família de que este ano que entra seja bom, traga sorrisos e sonhos alcançados! Cá por São Miguel 2009 abriu bem, com uma boa comemoração com as amigas e, logo em seguida, fez-nos dizer adeus a uma colega que foi trabalhar para o Continente. Bem me queria parecer que este novo ano seria de partidas...quem se seguirá? Quanto ao resto haja trabalho...Janeiro tem sido movimentado a este nível. Também consta que Rui Veloso está por aí a vir actuar ao Teatro Micaelense, ja tenho lugar garantido, já se sabe! :) Gosto de ouvir o senhor...pronto...e já há algum tempo que não o vejo ao vivo! ;)

natal em beja

Vim de São Miguel passar a quadra do Natal junto da família que está em Beja...sem esquecer nunca tod@s os que estão longe, em Portugal, ou no estrangeiro. É curiosa a sensação de estar longe e voltar nesta altura em que as pessoas parecem, especialmente, pseudo generosas, simpáticas, atenciosas, solidárias. O facto de ser nascida e criada numa cidade pequena e ter uns pais que são pessoas comunicativas e conhecem muita gente tem os seus quês...Cruzar-me com pessoas conhecidas a cada esquina, as mesmas perguntas. Pessoas que me conhecem desde pequena, pequenina. Voltar a Beja inclui uma rotina, a de meter o nariz naquelas lojas tradicionais que frequentei sempre, pessoas que, á distância foram acompanhando o meu percurso,em Beja, em Lisboa, em Coimbra, em São Miguel. Estas pessoas contribuem para aquela sensação de pertença ao sítio onde nasci, para que eu saiba sempre para onde volto, para quem volto. Na ourivesaria Miranda, no Luís da Rocha, o café mais antigo de Beja, na sapataria Voga, no Carlos da loja dos animais, o Sr. Joaquim sapateiro da rua do Sembrano...pois é assim que me apercebo que cresci e el@s se apercebem que envelheceram...O sr. proprietário da sapataria Voga é com um enorme carinho que, ás vezes, me mostra a plaquete do meu carro do curso em Coimbra, para o qual deu um patrocínio...percebem isto? As pessoas interessarem-se por nós porque os pais e mães são clientes, porque nos conhecem desde o tempo das fraldas...e ficam contentes por continuar a acompanhar o nosso caminho...Não sei se me fiz entender mas senti necessidade de expôr esta sensação de...voltar a Beja, e isto acontece não apenas no Natal.

Eu nunca nunca...

Eu nunca nunca chorei de alegria...
Eu nunca nunca gritei de raiva...
Eu nunca nunca fiz algo mesmo sabendo que era errado...
Eu nunca nunca fiz algo sabendo que iria magoar alguém...
Eu nunca nunca mandei uma sms só para tentar fazer sorrir quem recebe...
Eu nunca nunca me apaixonei pela "pessoa errada"
Eu nunca nunca tentei alcançar o que queria apesar dos obstáculos...
Eu nunca nunca senti que fiz alguém feliz...
Eu nunca nunca me senti sozinha rodeada de gente...
Eu nunca nunca afastei alguém que podia fazer-me feliz...
Eu nunca nunca sonhei com o príncipe encantado...
Eu nunca nunca chorei sem saber porquê...
Eu nunca nunca desejei abraçar alguém ao ponto sentir um aperto no coração...
Eu nunca nunca fui estúpida para alguém...
Eu nunca nunca deixei queimar comida...
Eu nunca nunca me deixei levar pelo momento...
Eu nunca nunca devorei um chocolate tamanho XL de uma só vez...

Experimentem jogar ao nunca nunca...em grupo, com pessoas que conheçam...é interessante. Claro que nem todas as conclusões aqui estão expostas...muitas destas se calhar nunca surgiram nas vezes que joguei...mas é, ou pode ser, um bom exercício de auto e hetero conhecimento! :)

make me sway...

Há algum tempo vi, no cinema, um filme intitulado No reservations. Independentemente da história...típica comédia romântica que assenta bem no cliché de um filme para 6ª feira ou Sábado à noite, gostei muito da banda sonora. Refiro-me, em particular, à versão de Michel Bublé da canção Sway. Gosto do ambiente que sugere, da envolvência a que apela...na altura pensei..."quero dançar esta música com a pessoa com a qual decidir partilhar a minha vida, em algum momento." Não...ainda não encontrei essa pessoa...mas hoje ouvi essa música passado algum tempo sem a ouvir e reforcei esse meu desejo, agora pouco secreto... :) por isso...a ti (sejas tu quem fores) prepara-te!! eh eh não é preciso saber dançar...basta sentir. Post tolo este...

Voltei...não descansada mas tentei aproveitar bem as minhas férias...qual borboleta, pousei pouco tempo em cada sítio...mas teve que ser assim. Estive perto, estive longe, (re)vi muitas pessoas, outras ficaram por (re)ver...até quando? Sentir falta de alguém parece que é algo que se alimenta de nós própri@s... uma moínha (à boa maneira do Baixo Alentejo) que não passa. Aguarda-me mais uma temporada na ilha...curta mas trabalhosa. Tenho a cabeça cheia de coisas, o coração cheio...de coisas...umas para mandar fora, outras para debaixo do tapete, outras para arrumar. Sinto falta de sentir "outros sentimentos". Fazer reset e começar tudo de novo...começo...depois recuo. será possível?

sou portuguesa, estou longe de casa. sim tenho períodos de muito saudosismo. agora nem é justificado porque estou quase a matar as saudades de (quase) toda a gente mas se tudo na vida tivesse uma justificação racional...grande seca seria a vida. tenho saudades dos meus amigos e amigas do outro lado do mar. saudades do meu pai e da minha mãe. do meu cão. da minha casa...ou da casa onde os meus pais moram? da vista da minha janela. dos amigos especiais, ou nem por isso, que por lá foram ficando. dos que arrumei e dos que ainda não estão no devido lugar. CASA: aguarda-me que aí vou eu!!